domingo, 11 de abril de 2010

Porto Antigo revisited

Águas correntes e inquietas
Regorgitam cristas de espuma
Embaladas no colo do vento.

Encostas de socalcos verdejantes
Geometria de bacelos alinhados
Anunciam o néctar dos deuses
Brotando do sangue da terra.

A alvura das paredes
Encimadas pelo ocre dos telhados
Derramadas nas margens altaneiras
Assistem ao suave ondulado
Dos barcos parados no cais,
Convite à viagem e aventura.

Na poltrona a espera tranquila
Afaga cabelos desgrenhados
Na magia da paisagem idílica.

A melodia de um cântico
Sussurrado na brisa amena
Ah!Ah! E...tu...não voltas
Ah!Ah!...Tá-se bem...

Caneta desliza suave
Em folha branca impoluta
Registando memórias
De um tempo e lugar
Porto Velho visitado
Casa antiga de Serpa Pinto.

Estranha amnésia
Invadem pai, filho e mãe
Adiando a partida anunciada.

1 comentário:

  1. Este blogue está muito parado! há livro de reclamações? mas tenho que dizer que a fotografia do canto superior direito transborda de ternura! LINDAS!
    Bjs

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