sexta-feira, 16 de setembro de 2011
domingo, 20 de março de 2011
sábado, 12 de março de 2011
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Adeus Chica, paz à tua alma
A idade não perdoa, ou como agora se diz agora, por causa de DNA(Data de Nascimento Antiga)vai minguando a esperança de vida, até que chega "a cartinha de chamada".
A Chica, a Ousia,que mereceu destaque neste blogue pelo mérito das suas qualidades de galinha poedeira e de mãe adoptiva das franganitas Alunia e Zirga, depois de se ter reformado da sua arte de produzir ovos, foi sendo invadida pelo cansaço e uma estranha e contagiante nostalgia.
Uma estranha melancolia invadiu a capoeira, onde as filhas adoptivas contemplavam com tristeza no olhar o lento definhar da velha Ousia, que de pé e olhos fechados parecia anunciar a a dolorosa vitória da morte sobre a vida.
A pouco e pouco a velha Chica foi-se aconchegando no chão, levantando-se raramente para beber ou debicar sem convicção alguns bagos de milho ou restos de pão demolhado.
Esteve neste estretor até receber a visita dominical do seu querido dono António (o marinheiro engenhocas).
Passados dezoito anos de uma rara amizade António aproximou-se melancólico, com uma lágrima atrevida deslizando no rosto e aquele ser moribundo, ao ouvir a voz amiga ainda teve energia para abrir as pálpebras e olhar para aquele gigante que se baixara para lhe acariciar as ruivas e sedosas penas.
Foi um momento triste mas de rara ternura onde o passado se cruzou num presente efémero, tragicamente sem futuro.
A Chica morreu passado pouco tempo deste diálogo surdo, profundo, sentido...
Nunca imaginei que a morte de uma galinha pudesse ser assim vivenciada por alguns membros da família,nomeadamente por mim e pelo Miguel.
Fizemos o funeral no dia seguinte, numa cova aberta junto da capoeira, à sombra do pinheiro. Não sei se pode ser considerado uma heresia mas uma cruz ficou a assinalar o local onde a Ousia descansa em paz.
A Chica, a Ousia,que mereceu destaque neste blogue pelo mérito das suas qualidades de galinha poedeira e de mãe adoptiva das franganitas Alunia e Zirga, depois de se ter reformado da sua arte de produzir ovos, foi sendo invadida pelo cansaço e uma estranha e contagiante nostalgia.
Uma estranha melancolia invadiu a capoeira, onde as filhas adoptivas contemplavam com tristeza no olhar o lento definhar da velha Ousia, que de pé e olhos fechados parecia anunciar a a dolorosa vitória da morte sobre a vida.
A pouco e pouco a velha Chica foi-se aconchegando no chão, levantando-se raramente para beber ou debicar sem convicção alguns bagos de milho ou restos de pão demolhado.
Esteve neste estretor até receber a visita dominical do seu querido dono António (o marinheiro engenhocas).
Passados dezoito anos de uma rara amizade António aproximou-se melancólico, com uma lágrima atrevida deslizando no rosto e aquele ser moribundo, ao ouvir a voz amiga ainda teve energia para abrir as pálpebras e olhar para aquele gigante que se baixara para lhe acariciar as ruivas e sedosas penas.
Foi um momento triste mas de rara ternura onde o passado se cruzou num presente efémero, tragicamente sem futuro.
A Chica morreu passado pouco tempo deste diálogo surdo, profundo, sentido...
Nunca imaginei que a morte de uma galinha pudesse ser assim vivenciada por alguns membros da família,nomeadamente por mim e pelo Miguel.
Fizemos o funeral no dia seguinte, numa cova aberta junto da capoeira, à sombra do pinheiro. Não sei se pode ser considerado uma heresia mas uma cruz ficou a assinalar o local onde a Ousia descansa em paz.
domingo, 11 de abril de 2010
Porto Antigo revisited
Águas correntes e inquietas
Regorgitam cristas de espuma
Embaladas no colo do vento.
Encostas de socalcos verdejantes
Geometria de bacelos alinhados
Anunciam o néctar dos deuses
Brotando do sangue da terra.
A alvura das paredes
Encimadas pelo ocre dos telhados
Derramadas nas margens altaneiras
Assistem ao suave ondulado
Dos barcos parados no cais,
Convite à viagem e aventura.
Na poltrona a espera tranquila
Afaga cabelos desgrenhados
Na magia da paisagem idílica.
A melodia de um cântico
Sussurrado na brisa amena
Ah!Ah! E...tu...não voltas
Ah!Ah!...Tá-se bem...
Caneta desliza suave
Em folha branca impoluta
Registando memórias
De um tempo e lugar
Porto Velho visitado
Casa antiga de Serpa Pinto.
Estranha amnésia
Invadem pai, filho e mãe
Adiando a partida anunciada.
Regorgitam cristas de espuma
Embaladas no colo do vento.
Encostas de socalcos verdejantes
Geometria de bacelos alinhados
Anunciam o néctar dos deuses
Brotando do sangue da terra.
A alvura das paredes
Encimadas pelo ocre dos telhados
Derramadas nas margens altaneiras
Assistem ao suave ondulado
Dos barcos parados no cais,
Convite à viagem e aventura.
Na poltrona a espera tranquila
Afaga cabelos desgrenhados
Na magia da paisagem idílica.
A melodia de um cântico
Sussurrado na brisa amena
Ah!Ah! E...tu...não voltas
Ah!Ah!...Tá-se bem...
Caneta desliza suave
Em folha branca impoluta
Registando memórias
De um tempo e lugar
Porto Velho visitado
Casa antiga de Serpa Pinto.
Estranha amnésia
Invadem pai, filho e mãe
Adiando a partida anunciada.
Subscrever:
Mensagens (Atom)